Saiba tudo que você precisa sobre o Câncer de Pele!

Saiba tudo que você precisa sobre o Câncer de Pele!

Olá, pessoal!

O mês de Dezembro é sempre muito movimentado, não é mesmo? Férias escolares, chegada do verão, festas de final de ano… Mas um ponto importante não pode passar em branco: a prevenção ao câncer de pele. É por isso que a Sociedade Brasileira de Dermatologia criou o Dezembro Laranja, campanha de conscientização que acontece anualmente e nos levou a fazer este artigo, onde explicamos tudo que você precisa saber sobre o câncer de pele.

Por que reforçar agora a prevenção ao câncer de pele?

Muitas pessoas não sabem, especialmente em uma país tropical como o Brasil, onde faz sol e calor praticamente o ano inteiro, por que devemos reforçar a prevenção contra o câncer de pele nos meses quentes, entre dezembro e março. Então, nós vamos explicar!

O que todo mundo sabe é que as estações do ano acontecem em razão da rotação do nosso planeta ao redor do sol – no período de um ano (365 dias), ele completa uma volta. Quando a Terra está mais longe do sol, estamos no inverno; quando mais perto, no verão. E neste ponto mora o principal perigo do verão: a proximidade do sol faz aumentar muito a força dos raios solares, que contém radiação ultravioleta (UV), responsável por sua vez pelo câncer de pele.

É por isso que os princípios básicos da proteção aos raios solares devem ser intensificados:

  • Usar de protetor solar com fator de proteção (FPS) mínimo 30, especialmente em áreas mais expostas, como rosto, pescoço, mãos, braços, etc;
  • Usar chapéus, óculos escuros e roupas de tecidos leves em geral para não expor a pele diretamente ao sol;
  • Evitar exposição solar entre 10 e 16h, horário em que a radiação ultravioleta atinge seu pico.

É possível evitar o câncer de pele?

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O câncer de pele é definido como o crescimento anormal e descontrolado das células da pele – e como existem vários tipos, cada um dá origem a um tipo diferente de câncer na região. O que causa a doença em 90% dos casos é a radiação ultravioleta (UV) que existe nos raios solares. No caso do Melanoma, espécie mais nociva do câncer de pele, cerca de 20% das ocorrências têm origem em sinais na pele, de acordo com o World Cancer Report (2014).

Essa radiação desencadeia uma mutação nas células, que passam a se multiplicar e sobrepor, se transformando em nódulos que variam de tamanho de acordo com quão recente é descoberto o câncer de pele e com o tipo.

Na última década analisada (entre 2003 e 2013), o número de mortes decorrentes da doença subiu 55% no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Os principais motivos são a falta de proteção adequada e o envelhecimento da população.

Como eu sei que tenho câncer de pele?

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O diagnóstico de câncer de pele só poder ser confirmado com uma consulta ao dermatologista. Esse será o primeiro passo, pois o médico poderá analisar clinicamente a mancha na pele (existem algumas variações da doença que se manifestam de formas diferentes) para depois ser realizada uma biópsia com amostra do tecido colhido. Só com o resultado do teste acontece a confirmação.

A forma de obter esse tecido que tem células suspeitas de serem cancerosas varia de acordo com a profundidade da lesão, podendo ser feita de maneira superficial ou uma biópsia pós-cirurgia.

É importante sempre ficar atento, especialmente se você tem muitas pintas ou sinais na pele, se algum deles está em crescimento, provoca dores ao tocar e tem margens irregulares. Essas são algumas pistas do desenvolvimento do câncer de pele.

Quais são os tipos de câncer de pele?

Existem três tipos de câncer de pele, que possuem diferenças bem grandes em como se manifestam, gravidade e tipo de tratamento adequado (que abordarem em seguida). Vejam abaixo:

  1. Carcinoma Basocelular (CBC): este é o mais comum dentre todos os tipos de câncer de pele. Ele surge nas células basais, que ficam na camada mais profunda da epiderme (camada superior da pele), e se localiza em regiões expostas ao sol, especialmente da cabeça e do pescoço. Esse tipo de câncer de pele se manifesta geralmente em forma de pápula (elevação sólida) vermelha, podendo haver sangramento.
  2. Carcinoma Espinocelular (CEC): este é o segundo tipo mais encontrado de câncer de pele, ele cresce mais rápido e é mais agressivo que o CBC. Também aparece em áreas mais expostas ao sol, como face, orelha, lábios e dorso das mãos. O CEC se manifesta como verruga (em crescimento), mancha persistente com sangramento fácil, lesão elevada com superfície áspera ou ferida aberta persistente.
  3. Melanona: é o menos comum dentre os três tipos de câncer de pele, contudo é o mais perigoso. Ele se origina e desenvolve nos melanócitos, células de cor marrom, mais ou menos claras, que dão pigmento à pele. É mais propenso a aparecer em locais como tronco, pernas, pescoço e rosto, em forma de sinal com bordas irregulares. Se não for detectado precocemente, se espalha mais facilmente que o CBC e CEC para outras partes do corpo, podendo atingir órgãos vitais.

Como funciona o tratamento do câncer de pele?

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Os tratamentos de câncer de pele mais indicados precisam ser realizados por um cirurgião. As técnicas utilizadas variam muito de acordo com o tipo de câncer, condições do paciente, cronologia da doença, tamanho do tumor, dentre outros fatores. Além disso, a cirurgia pode ser seguida de outros tratamentos como radioterapia e quimioterapia, que só costuma ser recomendados em caso de Melanoma.

Mas primeiro vamos falar do tratamento para os dois tipos mais comuns: o câncer de pele basocelular (CBC) e o espinocelular (CEC):

  •  Excisão Simples: os tumores de pele não melanoma geralmente podem ser tratados com sucesso apenas com uma excisão simples, quando o tumor é removido com uma pequena margem de tecido normal (para garantir a remoção de todas as células cancerosas). Esse tratamento é realizado com anestesia local e deixa uma pequena cicatriz.
  • Curetagem e Eletrodissecação: nesta técnica, o tumor é removido por raspagem com uma cureta (instrumento cirúrgico para limpeza de superfícies ou tecidos), e em seguida, a área onde o tumor estava localizado é tratada com um eletrodo, que emite uma corrente elétrica para destruir todas as células cancerosas remanescentes.
  • Cirurgia Micrográfica de Mohs: este é um procedimento delicado, que por exigir grande experiência do cirurgião, é mais utilizado em centros especializados no tratamento de câncer. Nesta técnica o cirurgião remove uma camada da pele que pode ter sido invadida pelo câncer e mapeia sua localização. A amostra de tecido removida é imediatamente analisada por um patologista, e, se ainda existir células cancerosas, remove mais um pouco de tecido, que volta a ser analisada pelo patologista. O processo é demorado, mas permite uma maior preservação do tecido (pele) normal ao redor do tumor.
  • Cirurgia de Linfonodo: se os gânglios linfáticos próximos ao tumor estão aumentando (inchados), pode ser sinal de que o câncer atingiu esses linfonodos. Esse sintoma é popularmente conhecido como “íngua”, e pode se manifestar em outras infecções ou inflamações menos graves, indicando enfermidade local. No caso do câncer de pele, eles são removidos cirurgicamente e analisados por um patologista.

No caso do câncer de pele do tipo Melanoma, os tratamentos são diferentes. Em caso de descoberta no início da doença, eles têm altas chance de serem curados, mas a maioria dos diagnósticos é seguida de cirurgia:

  •  Excisão Ampla: quando o diagnóstico do melanoma é feito por biópsia (retirada de tecido para análise), normalmente é necessário ampliar as margens cirúrgicas em torno do tumor, assegurando que não permaneceram células cancerosas na pele. Se o melanoma estiver localizado na face, as margens poderão ser menores para evitar uma deformação estética importante.  A excisão é realizada com anestesia local e deixa uma pequena cicatriz. A excisão ampla difere da biópsia excisional: as margens são maiores, uma vez que o diagnóstico já é conhecido.
  • Dissecção dos Linfonodos: quando o melanoma se disseminou para os gânglios linfáticos é geralmente recomendada a remoção cirúrgica dos linfonodos remanescentes na região. O número de linfonodos retirados depende da área do corpo, e da probabilidade de encontrar gânglios adicionais que contenham células do melanoma. Após a cirurgia, o oncologista pode recomendar um tratamento adicional, como imunoterapia, quimioterapia ou radioterapia. Se os linfonodos não estão aumentados, é realizada a biópsia do linfonodo sentinela, que consiste num procedimento cirúrgico usado para determinar se o melanoma já se disseminou para os linfonodos regionais.
  • Amputação: em casos extremos, se o melanoma se desenvolveu em um dedo (mão ou pé), dependendo da profundidade do tumor, pode ser necessária a amputação do mesmo. Isso acontece para que o câncer não avance para outras partes do corpo.

O que é a reconstrução após o câncer de pele?

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Quando o tumor é grande, pode ser necessário fazer um enxerto (ocupar a área) com um retalho de pele para ajudar na cicatrização e recuperar a aparência estética da região.

Esse procedimento é comumente chamado de “reconstrução” e é realizado por um cirurgião plástico. Ele auxilia na recuperação plena do paciente, não só esteticamente, mas também com ganho de autoestima.

Como é o pós-operatório no tratamento do câncer de pele?

A recuperação pós-operatória do câncer de pele, na maioria dos casos, não exige cuidados extras além dos já recomendados para uma cirurgia desse tipo. É necessário repouso, manter os curativos na região higienizados e seguir o cronograma de consultas médicas determinado pelo seu cirurgião e oncologista.

Ficou com alguma dúvida sobre o câncer de pele ou quer saber mais sobre qualquer outro procedimento em cirurgia plástica? Entre em contato conosco e teremos o maior prazer em lhe atender! A Clínica Fabricio Regiani está de portas abertas para você.

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