Saiba o que é Bioplastia e porque ela pode ser perigosa

Se alguém dissesse que existe um tipo de procedimento estético minimamente invasivo, que não necessita internação hospitalar, e apresenta resultados praticamente imediatos, você se interessaria? Essa é geralmente a fórmula que atrai pacientes que para se submeter a uma Bioplastia. Mas cuidado, ela pode ser extremamente perigosa e por isso fizemos este artigo para esclarecer e alertar sobre sua aplicação.

O que é Bioplastia?

Bioplastia é um dos nomes utilizados para se referir ao preenchimento estético definitivo com polimetilmetacrilato, conhecido pela sigla PMMA. Essa substância sintética é composta por microesferas de acrílico e pode ser encontrado também sob os nomes de metacril, pexiglass ou lercite. Ela não é absorvível pelo corpo e após a aplicação sua retirada é quase impossível, pois se espalha pelo organismo.

Inicialmente, há cerca de 25 anos, ela foi testada e aprovada por apresentar um grau pequeno de alteração celular, em comparação com as técnicas da época. Em sua aplicação, o conjunto das esferas microscópicas é misturado com um tipo de material pastoso, permitindo a introdução na pele.

Mais recentemente, na primeira década dos anos 2000, a bioplastia ainda era aprovada por grande parte da comunidade médica, desde que em quantidades muito pequenas, para ocupar espaços deixados por cicatrizes ou proporcionar contornos mais definidos para lábios e maxilar.

O problema é que essa substância, por possuir um custo mais baixo em relação a outros produtos mais avançados, começou a ser utilizado sem critério, muitas vezes por médicos que não são qualificados como cirurgiões plásticos credenciados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Os pequenos preenchimentos foram assim dando espaço para aplicações extremamente desaconselhadas, para aumento de glúteos, coxas, dentre outras regiões.

Essa tendência foi então condenada tanto pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) quanto pela SBCP, que em 2006 passaram a não recomendar seu uso estético. No ano seguinte, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), proibiu a comercialização do PMMA em farmácias.

Quais são os perigos da Bioplastia?

A bioplastia utiliza uma substância que não é biocompatível, ou seja, não é absorvida pelo nosso organismo. Essa característica faz com que os resultados sejam permanentes, mas também a torna muito perigosa.

O PMMA, após ser introduzido no corpo, pode “se acomodar” na região e dar a impressão de ter feito seu papel. Contudo, é preciso entender como nosso corpo “recebe” essa mensagem. Como ela não é absorvida, o organismo sempre a tratará como um corpo estranho, ou seja, possui uma tendência a combatê-la.

É por isso que a bioplastia caiu em desuso entre cirurgiões plásticos e dermatologistas, sendo indicada somente para fins medicinais, especificados em portaria da Anvisa de 2009, para pacientes que possuem complicações no tratamento do HIV, mas mesmo assim tratamentos com produtos biocompatíveis são mais aconselhados, como o caso do ácido hialurônico, pois os remédios para a síndrome podem causar a lipodistrofia, uma espécie de deformação em uma ou mais regiões do corpo.

Dentre os perigos da bioplastia, a maioria ocorre quando aplicada em músculos como glúteos e coxas, áreas que são muitos vascularizadas (possuem muitas veias e artérias). Podem causar infecções, embolia pulmonar, necrose e até morte.

Por isso, fique atento a promessas de resultados milagrosos, especialmente procedimentos estéticos realizados em ambientes fora de consultórios e hospitais, com preços muito abaixo do mercado. Caso deseje uma cirurgia plástica ou qualquer procedimento estético, peça indicações a pessoas próximas que já realizaram e confira se o cirurgião plástico é credenciado pela SBCP. Reforçamos nosso compromisso com a ética e a vida humana acima de tudo.  

Ainda tem alguma dúvida sobre a bioplastia ou quer saber sobre outras cirurgias plásticas? Entre em contato conosco ou agende uma visita, será um prazer para nós da Clínica Fabricio Regiani receber você.

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